Sem eles, não estaríamos aqui. Sem eles, nossa vida seria muito mais chata. Sem eles, o mundo não conheceria todas as histórias que há para contar.
Sim, estamos falando deles: de escritoras e escritores.
Na próxima segunda-feira, dia 25 de julho, é comemorado o Dia do Escritor. A celebração existe desde 1960, quando aconteceu o Primeiro Festival do Escritor Brasileiro, organizado pela União Brasileira dos Escritores sob a presidência de João Peregrino Júnior e Jorge Amado. Olha que demais!
Histórias sempre foram necessárias para difundir ensinamentos, informações, conhecimentos. Desde quando elas eram repassadas oralmente, existia alguém por trás dessas narrativas. E, depois que a escrita dominou o mundo, não faltaram autoras e autores que explicaram o mundo — e a gente — através das histórias.
Nem temos palavras para homenagear dignamente as escritoras e os escritores que nos entregam tanto e nos fazem pensar, chorar, rir, imaginar… Então queremos indicar aqui algumas leituras que falam sobre a importância da escrita, reflexões dos próprios autores sobre o ato de contar histórias.
Confira aí!
Sobre a escrita, de Stephen King
Mestre da literatura de horror, Stephen King é um dos escritores mais produtivos da nossa época. São dezenas de livros escritos e centenas de contos, então imagina só o quanto ele tem a dizer sobre o ato de escrever. Sobre a escrita é uma autobiografia em que King fala sobre sua trajetória como autor, suas influências e inspirações.
Escrever ficção, de Luiz Antonio de Assis Brasil
Assis Brasil é uma grande referência da escrita, professor de uma das oficinas de escrita criativa mais procuradas do país. Escrever ficção é uma aula sobre esse ofício, feito para quem quer escrever as próprias histórias e ótimo para a formação de novos autores.
Um teto todo seu, de Virginia Woolf
Essa é uma leitura importante para conhecer o espaço da mulher na escrita. Woolf escreve sobre como as bibliotecas são abarrotadas de obras escritas por homens e como o contexto social influencia na produção literária das mulheres — relegando muitas autoras talentosas ao ostracismo.
Confissões de um jovem romancista, de Umberto Eco
Sabe quando o autor do romance O nome da rosa começou a escrever ficção? Quando tinha 50 anos. Nesse livro, ele reflete sobre a escrita dos seus romances, contando os segredos por trás dos seus livros e suas inspirações.
Frantumaglia: Os caminhos de uma escritora, de Elena Ferrante
Claro que temos que incluir aqui uma das maiores e mais celebradas autoras da nossa época falando sobre sua escrita. Ferrante fala sobre sua trajetória como autora, sobre como quer se manter anônima e afastada da mídia para se concentrar apenas nas suas histórias, e também dos desafios da escrita.
E aí, gostou? Esperamos que essa lista te inspire a ler, a escrever, a conhecer novas histórias. E obrigada, todos os escritores e escritoras, por existirem. <3
Evento de lançamento: DEPOIS DO FIM, na Livraria da Tarde
Bora para mais um evento de DEPOIS DO FIM: CONVERSAS SOBRE LITERATURA E ANTROPOCENO? Teremos mais um encontrinho entre os autores do livro. Fabiane Secches, Micheliny Verunschk, Paula Carvalho e Túlio Custódio conversam com Tamy Ghannam sobre os seus ensaios.
O debate acontecerá na Livraria da Tarde (rua Cônego Eugênio Leite, 956 – Pinheiros – São Paulo), no dia 2 de agosto, terça-feira, às 19h.
Se você perdeu os dois primeiros eventos, aproveite para ir agora! E, se você esteve nos outros, não perca esse também: a conversa será com convidados e temas diferentes. Esperamos você lá!
O que mais temos para hoje?
Coisas legais sobre livros e leitura e outros assuntos interessantes que vimos por aí.
Perdeu o Clube do Livro da Sala Tatuí sobre MARGARIDA LA ROCQUE: A ILHA DOS DEMÔNIOS, de Dinah Silveira de Queiroz? Então vem ver o encontro que rolou aqui no canal da Sala Tatuí, que teve presença de Maria Paula Coelho, Laura Parente, Silvia Massimini Felix e Cecilia Arbolave. Veja aí!
Olha o que o Angel Bruno escreveu sobre DOMINGO, de Ana Lis Soares:
ana lis conseguiu colocar em domingo não somente a nostalgia e a melancolia do domingo leve de infância, mas domingos de esperança. esse livro me fez chorar em lugares públicos. me fez pensar no meu futuro, nos meus amores, nas minhas escolhas, e principalmente em como quero que os meus futuros domingos sejam.
Márcia Silveira escreveu sobre A CASA DO PAI, de Karmele Jaio, para o Diário do Rio. Leia o texto completo aqui.
A casa do pai, publicado no Brasil em 2021 pela Editora Instante, traz importantes questões feministas – por exemplo, como a violência de gênero nem sempre é algo gritante, pois pode estar presente nos comentários e comportamentos mais sutis, mas que ferem igualmente – e investiga como a criação de uma identidade nacional passa por um ideal de virilidade, pela questão da língua e identificação. A autora faz uma relação entre estas questões políticas e a dinâmica íntima da família, resultando em uma obra singular que gera reflexões necessárias.
E mais uma resenha: o perfil Põe na Estante falou sobre DEGENERADO, de Ariana Harwicz.
Ler a argentina Ariana Harwicz é fazer ginástica nas vísceras. Tudo mexe dentro da gente. A autora tem uma capacidade impressionante de acessar as nossas sombras mais profundas, de nos deixar com a pulga atrás da orelha sobre os nossos próprios sentimentos e as nossas próprias intenções no mundo.
Veja só este texto da psicóloga Samira Alves sobre o memoricídio da mulher na literatura que saiu no jornal Correio do Povo. Leia ele completo aqui.
Esse assassinato ou apagamento das memórias, no caso das mulheres, faz com que a sociedade caia no mito de que a mulher produziu menos que homens por conta do papel que a sociedade impôs durante séculos, como o de donas de casa e esposas, impossibilitando-as de produzir conteúdo literário.
Tá querendo criar um canal ou podcast, mas não sabe sobre o quê? Pois segura esta informação: canais e podcasts com “ruídos” brancos andam rendendo bastante na internet, até lucrando. Ligue a câmera e o microfone e grave sua máquina de lavar batendo roupa. Entenda isso aqui!
O Estadão traduziu um artigo de Stephanie Merry, publicado originalmente no The Washington Post, sobre como retomar a atenção e a leitura depois do bloqueio causado por cansaço, pandemia, desatenção… Para quem acha que não está lendo tanto quanto antes, fica aqui uma dica! Leia aqui.
Retornar a um livro amado é uma das muitas estratégias para combater crises de leitura. Se você está se vendo em uma situação parecida, se seu amor pelos livros foi declinando por causa da pandemia, do ciclo de notícias, de uma perda pessoal ou de algo mais nebuloso, uma dessas técnicas – selecionadas a partir das respostas de leitores – pode ajudar você a reacender sua relação com a leitura.
E assim nos despedimos! Obrigada por passar mais esse instante com a gente. Tenham um ótimo fim de semana e aproveitem pra contar aqui nos comentários quais são seus autores e autoras favoritos.
Até semana que vem!