PRÉ-VENDA: O olhar dourado do abismo, de Olga Savary
E mais: conheça Olga Savary e sua vida dedicada à literatura.
Está aberta a pré-venda do nosso próximo lançamento: O OLHAR DOURADO DO ABISMO, de Olga Savary (capa de Fabiana Yoshikawa a partir de ilustrações de Carla Barth). Você pode garantir seu exemplar + marcador com exclusividade no nosso site até 31 de maio e aproveitar o frete grátis.
Olga Savary é considerada uma das maiores poetas brasileiras do século XX, além de jornalista, tradutora e ensaísta. O OLHAR DOURADO DO ABISMO, seu único volume de contos publicado originalmente em 1997, reúne narrativas marcadas por intensa voz poética, em que se sobressai um trabalho de linguagem que prioriza o erótico, o irônico e o trágico, valendo-se de um imaginário povoado por elementos trazidos do folclore brasileiro e da cultura pop. Através do olhar da autora, o feminino ganha centralidade, ainda que as mulheres retratadas lutem para ocupar espaço num mundo moldado por homens.
“O texto de Olga Savary é das coisas mais brasileiras que eu já vi. O Brasil respira na sua poesia, no seu texto.” — Gilberto Freyre
“Os contos caracterizam-se pelo predomínio de uma atmosfera por vezes estática, não raro selvagem e de desfecho prenhe de estranheza, com cenas e diálogos em que são abordadas as questões já presentes nos versos, e o inescapável domínio do erótico, que deve ser observado, aqui, em toda a sua carga simbólica, na tensão entre vida e morte.” — Joselia Aguiar
Quem foi Olga Savary?
Olga Savary nasceu em Belém, Pará, em 21 de maio de 1933. Filha única de pai russo, Bruno Savary, com ascendência francesa, alemã e sueca, e mãe brasileira, Célia Nobre de Almeida, paraense de Monte Alegre, descendente de portugueses e com uma bisavó indígena. Em 1942, por conta da separação dos pais, Olga foi para o Rio de Janeiro para morar com um tio materno. Lá, começou a desenvolver suas habilidades literárias, produzindo um jornal artesanal com poemas, textos e desenhos. Publicou, nessa época, em jornais e revistas, assinando alguns textos como Olenka (diminutivo de Olga em russo). Aos dezoito anos, voltou a Belém, mas pouco tempo depois se estabeleceu novamente no Rio de Janeiro, onde iniciou em definitivo sua carreira no jornalismo e na literatura.
Colaborou em inúmeros jornais e revistas do Brasil e do exterior como crítica, ensaísta e tradutora. No jornalismo literário, recebeu em 1987 o Prêmio Assis Chateaubriand da Academia Brasileira de Letras. No jornal O Pasquim, onde se manteve de 1969 a 1982, ao lado do então marido Jaguar, pai de seus filhos Pedro (morto em 1999, aos quarenta e um anos) e a também escritora Flávia Savary, Olga iniciou a coluna “As Dicas” (notícias culturais, comentários e sugestões). Aliás, sabia que foi a “inventora” da palavra “dica”, como abreviatura de “indicação”? Pois é!
Seu primeiro livro, entre os catorze outros dedicados à poesia, foi Espelho provisório, publicado em 1970 e recebendo em 1971 o Prêmio Jabuti na categoria Autor Revelação — primeiro dentre os trinta prêmios que a autora recebeu ao longo de sua carreira.
Savary também foi uma prestigiosa tradutora, tendo vertido ao português, entre outras, as obras de Pablo Neruda, Mario Vargas Llosa, Carlos Fuentes, Octavio Paz, Julio Cortázar, Federico Garcia Lorca e os grandes mestres do haicai, forma poética para a qual se dedicou intensamente, Matsuo Bashô, Yosa Buson e Kobayashi Issa. Em 1994, foi a ganhadora do Prêmio Jabuti na categoria Tradução pelo trabalho no romance Como água para chocolate, de Laura Esquivel.
Por ter vários dos seus poemas musicados, atuou como jurada de festivais de música estudantis e também do saudoso Festival da Música Popular Brasileira, da Rede Globo, além de ter sido jurada na categoria samba-enredo dos carnavais de 1975, 1983, 1984, 1986, 1988 e 1990, avaliando as letras dos sambas das Escolas do Grupo I, no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Em 14 de maio de 2020, aos 86 anos, Olga Savary morreu em decorrência de complicações da covid em Teresópolis, Rio de Janeiro.
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O que mais temos para hoje?
Coisas legais sobre livros e leitura e outros assuntos interessantes que vimos por aí
Alô, caravana de Campinas! No dia 25/5, próximo sábado, Maria Adelaide Amaral autografará seus livros AOS MEUS AMIGOS e LUÍSA (QUASE UMA HISTÓRIA DE AMOR) na Livraria Candeeiro das 15h30 às 17h30. Esperamos vocês lá!
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Foram divulgadas as datas da 22ª Festa Literária Internacional de Paraty: 9 a 13 de outubro de 2024. Acompanhe as redes sociais da Flip para saber todas as novidades em primeira mão.
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Para encerrar: coisa mais amada esse vídeo com cães resgatados no Rio Grande do Sul brincando com seus novos bichinhos de pelúcia. E, sim, continuem doando e participando de ações solidárias, porque os milhares de afetados pela tragédia, humanos e animais, ainda precisam do nosso apoio.
E ficamos por aqui! Obrigado por passar mais esse instante com a gente e até a próxima!