Instante responde!
Confira nossas respostas às ótimas perguntas feitas pelos leitores! E mais: conheça as principais notícias do mercado editorial na semana.
No início desta semana, abrimos uma caixinha de perguntas lá no nosso perfil no Instagram (segue a gente se ainda não estiver seguindo!) querendo entender o que você, leitora e leitor, desejam saber sobre nosso trabalho aqui na Instante. E agora chegou a hora de responder o que nos mandaram! Então preste atenção nesta edição e, caso queira saber mais, deixe sua pergunta aqui nos comentários também!
Por que marcadores de livros são tidos como brindes em vez de já virem com o próprio livro?
Consideramos os marcadores de página brindes porque, apesar de serem impressos com a capa dos respectivos livros, é necessário desenvolver uma arte específica para eles e investir em um excedente de papel-cartão. Na verdade, trata-se de um gasto a mais, com o qual nem todas as editoras estão dispostas a arcar, mas que a Instante acredita ser uma forma de presentear os leitores com algo que será útil durante a leitura.
Vocês têm planos de publicar outras obras de Carolina Nabuco?
A Instante reeditou somente os únicos romances escritos por ela: A SUCESSORA e CHAMA E CINZAS, que estavam fora das livrarias havia décadas. Nabuco também é autora de contos, biografias, um livro de viagem, outro de memórias e até mesmo um de receitas, os quais não lançaremos por aqui.
Como é a escolha dos livros que serão traduzidos? Quais os critérios?
Tanto para as traduções, quanto para os livros nacionais, seguimos os mesmos critérios: adequação à nossa linha editorial (atualmente, ficção e não ficção literária), pertinência dos temas abordados, qualidade e originalidade do texto. Buscamos também aprimorar a bibliodiversidade do nosso catálogo, com autoras e autores de diferentes nacionalidades.
Vocês frequentam muitas feiras de edição? Os lançamentos são escolhidos somente nas feiras?
Mesmo ainda não frequentando as principais feiras internacionais de negócios (como as de Londres e de Frankfurt), temos acesso aos catálogos que as editoras e os agentes literários internacionais preparam para apresentar nesses eventos. Como os recebemos com certa antecedência, conseguimos realizar uma “força-tarefa” para vasculhar esses catálogos, solicitar os originais e fazer leituras rápidas para considerar a possibilidade de contratação. Foi assim que contratamos recentemente dois títulos muito bacanas que serão lançados no ano que vem (mistério… hehehe).
Com quanta antecedência vocês começam a escolher os livros para o próximo ano?
A Instante publica poucos livros por ano (de 8 a 10), e por esse motivo trabalhamos com antecedência de pelo menos um ano na seleção dos títulos. Assim, depois de contratados, podemos escolher o tradutor ou a tradutora mais adequada para cada obra, desenvolver o projeto gráfico de capa e miolo sem atropelos e estruturar um fluxo de produção que não sufoque nenhum dos colaboradores. Dessa maneira, é possível elaborar sem pressa a melhor estratégia de divulgação dos lançamentos.
Como chegaram até Dinah [Silveira de Queiroz], nesse processo de “resgate” da sua obra?
Assim como o resgate dos romances de Carolina Nabuco, esse foi um trunfo do nosso diretor editorial, Silvio Testa, que já havia lido A MURALHA. Ele notou que os demais títulos da escritora estavam esgotados ou disponíveis apenas em sebos e procurou os herdeiros de Dinah para negociar os direitos de publicação. Começamos com A MURALHA, seguido por FLORADAS NA SERRA, MARGARIDA LA ROCQUE, a compilação de contos de ficção científica DINAH FANTÁSTICA e, em 2023, o romance urbano VERÃO DOS INFIÉIS. Nos próximos anos, seguiremos com lançamentos anuais da obra da escritora.
Tem mais perguntas pra gente? Fique de olho lá no Instagram que abriremos mais caixinhas!
O que mais temos para hoje?
Coisas legais sobre livros e leitura e outros assuntos interessantes que vimos por aí
O Rômulo Rocha escreveu sobre O QUE VOCÊ ESTÁ ENFRENTANDO, de Sigrid Nunez! “Este romance me tocou de um jeito inesperado. A autora tem uma escrita muito kafkaniana sobre a realidade das coisas, mas ao mesmo tempo é sensível ao que lhe rodeia. Este livro me fez enxergar o pessimismo com outros olhares.” Vem conferir!
Olha que bacana: um levantamento feito pela Folha de S.Paulo mostrou que livros escritos por autores negros e mulheres estão caindo mais nos vestibulares do país. Que bons os ventos da mudança, né? Leia a notícia completa aqui.
E a treta do Jabuti, hein? No Estadão, especialistas falam sobre a desclassificação de um livro ilustrado por Inteligência Artificial no Prêmio Jabuti deste ano que abalou o mundinho literário na semana passada. Aliás, já falamos sobre IA aqui, lembra? Leia mais aqui.
Falando em prêmios, saiu o resultado do National Book Award 2023, que mencionamos aqui na news da semana passada. Stênio Gardel venceu na categoria literatura traduzida com A palavra que resta, e o grande vencedor do ano foi Justin Torres com o romance Blackouts. Veja mais aqui.
E, para encerrar com fofura, sabia que o Nepal comemora o Dia dos Cachorros? Ficam aqui imagens belíssimas dos cães sendo homenageados com pó colorido e colares floridos. Coisa mais amada <3
E ficamos por aqui! Obrigada por passar mais esse instante com a gente e até semana que vem!