Entrei de gaiato no navio
Como se entreter num navio sem internet
Em 1918, Bernardo sobe a bordo do navio Demerara a caminho da América do Sul. Ele vive de pequenos golpes e é convencido por um amigo a escapar da Espanha, então uma viagenzinha de navio seria bem-vinda. E sabe uma coisa que não tinha em 1918? Internet.
Hoje é difícil imaginar ficar um diazinho longe da internet, embora isso seja recomendado. Mas aí você está numa viagem que dura semanas, no meio do oceano, compartilhando espaço com pessoas não lá muito legais. Faz falta um 4g pra ver uma Netflix, né?
Pensando no que Bernardo viveu no Demerara, e nos problemas em que se meteu naquele navio, pensamos em algumas coisas para te ajudara a passar o tempo em uma viagem tão longa.
Agora, quer partir em uma viagem dessas sem passar perrengue? Aí é só ler DEMERARA, de Wagner G. Barreira.
Bernardo nasceu na Galícia, no norte da Espanha. Ainda criança foi para um orfanato na cidade de Vigo, onde estudou e perdeu a chance de se tornar padre. Em 1918, dois anos após deixar a instituição, leva uma vida errante, vivendo de pequenos golpes ao redor do porto. Convencido por um amigo e precisando desaparecer por um tempo, embarca no vapor Demerara a caminho da América do Sul, na mesma viagem que trouxe a pandemia de gripe espanhola para o continente.
Mistura de ficção e eventos históricos, o livro de Wagner G. Barreira dá voz ao narrador personagem ao relatar a travessia do Atlântico, a acusação de ter assassinado o amigo, a prisão em Santos, a convivência com infectados pelo vírus, a fuga para São Paulo e as dificuldades de adaptação na cidade em construção pelas mãos de imigrantes de todo o mundo.
Lembrando que DEMERARA está disponível em e-book e também em audiobook lá na Storytel.
Sexta tema nossa já clássica news Só Um Instante, e já avisamos que você não pode perder porque o mimo será bem especial.
Até lá!