Conheça a Casa Prosa!
Instante, Moinhos e Mundaréu juntas na Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP)
De 23 a 27 de novembro acontece mais uma Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP), um dos mais tradicionais eventos literários do país, que conta com uma programação de conversas com autores, ações de incentivo à leitura e, claro, a presença das editoras!
Uma novidade deste ano é que a Instante estará lá com as editoras Moinhos e Mundaréu na Casa Prosa, no Centro Histórico de Paraty, bem no meio da festa. Ali, você poderá conhecer nossos livros e também bater aquele papo gostoso com a gente. Anote o nosso endereço: rua Mal. Santos Dias, 27 — Centro Histórico — Paraty (RJ).
Vem ver alguns livros que você vai encontrar na Casa Prosa!
DEPOIS DO FIM: CONVERSAS SOBRE LITERATURA E ANTROPOCENO, organizado por Fabiane Secches
Vamos começar com uma obra de não ficção? DEPOIS DO FIM: CONVERSAS SOBRE LITERATURA E ANTROPOCENO reúne ensaios literários de grandes autores brasileiros que abordam a relação do homem com o mundo, a natureza, os impactos climáticos e outros temas que caracterizam o antropoceno, a época em que estamos vivendo.
O livro é composto por textos de Ana Rüsche, Aurora Bernardini, Christian Dunker, Daniel Munduruku, Fabiane Secches, Giovana Madalosso, Itamar Vieira Junior, Maria Esther Maciel, Micheliny Verunschk, Natalia Timerman, Paula Carvalho, Paulo Scott e Tulio Custódio.
KRAMP, de María José Ferrada
Unidos por um catálogo de produtos de serralheria da marca Kramp e viagens num Renault velho por estradas, povoados e cidades, uma filha cresce ao lado de seu pai, caixeiro-viajante, a aprender ensinamentos sobre o mundo e a vida. Da infância à adolescência, M narra seus aprendizados e o correr dos anos, até o evento que marca uma ruptura na família, acionando o dispositivo dos sintomas parentais e outras rupturas e mais questionamentos sobre o universo e as peças que não se encaixam, as dores desparafusadas que se acumulam e o revelar das engrenagens discretas do afeto rangendo no crescer da sua maturidade.
KRAMP venceu os prêmios Melhor Romance do Círculo de Críticos de Arte, Melhores Obras do Ministério da Cultura e o prêmio Municipal de Literatura de Santiago.
MARIA ALTAMIRA, de Maria José Silveira
Em 1970, um terremoto provoca o soterramento da cidade de Yungay, no Peru. Uma das poucas sobreviventes é Alelí, jovem que perde os pais, os irmãos, o namorado e a filha. Em choque, parte sem rumo, percorrendo vários países da América do Sul. Numa das paradas, conhece Manuel Juruna, que se encanta com ela e a leva para a aldeia do Paquiçamba, na Volta Grande do Xingu, Pará. Alelí quase encontra a paz na nova vida: quando está prestes a dar à luz um filho de Manuel, ele é encontrado morto, vítima de um pistoleiro contratado por madeireiros da região. De novo assolada por uma tragédia, deixa a aldeia e chega à cidade de Altamira, onde é acolhida pela enfermeira Chica. Convencida de que traz má sorte a quem ama, Alelí abandona a recém-nascida, que recebe o nome de Maria Altamira.
Anos depois, Maria Altamira acompanha com indignação as obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, certa de que destruirá a vida de comunidades ribeirinhas e indígenas do rio Xingu. Muda-se para São Paulo em busca de oportunidades e vai morar num prédio ocupado no centro da cidade, onde abraça a causa dos sem-teto. Em seu trabalho em um escritório de advocacia, consegue orientações para encontrar o assassino do pai.
Em 2021, MARIA ALTAMIRA foi finalista dos prêmios Oceanos, Jabuti e São Paulo de Literatura.
PÁRADAIS, de Fernanda Melchor
No Paradise, condomínio de luxo na costa mexicana, Polo e Franco, adolescentes enjeitados cada um à sua maneira, se aproximam para beber e fumar. Qualquer desculpa vale para que Polo não tenha de voltar para casa, e Franco não tem mesmo muito a fazer, afora dedicar-se a sua coleção de pornôs e espreitar a vizinha, sua obsessão. Que grande mal poderia haver nisso?
MORRA, AMOR, de Ariana Harwicz
É claro que vai ter nosso campeão de vendas da Festa do Livro da USP. Em uma região esquecida do interior da França, uma mulher luta contra seus demônios: ao mesmo tempo que abraça a exclusão, deseja pertencer; que almeja a liberdade, sente-se aprisionada; que anseia pela vida familiar, quer botar fogo na casa. Casada e mãe de um bebê, ela se sente cada vez mais sufocada e reprimida, apesar de o marido aceitar seu estranho comportamento. A condição feminina, a banalidade do amor, os terrores do desejo, a maternidade e a brutalidade inexplicável “de levar seu coração com o outro para sempre” — o romance aborda todas essas questões com uma intensidade crua e até mesmo selvagem.
MORRA, AMOR foi finalista do prêmio Man Booker International de 2018.
AS AVENTURAS DA CHINA IRON, de Gabriela Cabezón Cámara
“Foi o brilho”, assim começa o romance AS AVENTURAS DA CHINA IRON. A história conta o renascer de Iron, mulher mestiça que escapa do marido acompanhada da cadela Estreya. Elas encontram Liz, uma inglesa com quem cruzarão a pampa argentina rumo ao delta do rio Paraná. Tudo nesta narrativa é intensificado sob a luz pampeana: cores, saberes-sabores, o amor lésbio, a linguagem prismática e a comunicação interespécies.
Foi finalista do International Booker Prize de 2020.
DINAH FANTÁSTICA: CONTOS DE FICÇÃO CIENTÍFICA REUNIDOS — ELES HERDARÃO A TERRA E COMBA MALINA, de Dinah Silveira de Queiroz
Ao se referir a Dinah Silveira de Queiroz, é impossível não apontar sua versatilidade, a maneira como explorou gêneros, temas, épocas, cenários. E aqui cumpre dizer: Dinah foi também pioneira da ficção científica brasileira. Nos mistérios do gênero, foi iniciada aos seis anos pelo pai, Alarico Silveira, ouvindo-o narrar, e às vezes até recriar, clássicos de Júlio Verne e H.G. Wells.
Nesse volume, estão reunidos dez contos em que a autora explora elementos do gênero, reproduzidos de Eles herdarão a Terra, originalmente publicado em 1960, e de Comba Malina, de 1969. Vemos a escritora exercitar sem medo o maior alcance de sua inventividade: o estranho e o insólito característicos da ficção científica. E, na carta aos leitores que abre o primeiro livro, ela diz: “Receba, portanto, a minha procissão fantástica, como as mil e uma faces do autor num espelho partido”.
O VERÃO EM QUE MAMÃE TEVE OLHOS VERDES, de Tatiana Ţîbuleac
Aleksy sempre recordará aquele verão que passou sozinho com sua mãe em um vilarejo francês, mesmo muitos anos depois. Quando ela foi buscá-lo no instituto, seu ódio, rancor de desprezo por ela o impediam de sequer imaginar que poderia ser um verão marcante, muito menos que ódio, desprezo e rancor pudessem ter outras formas.
A força narrativa de Tatiana Ţîbuleac se propõe a desvelar camadas após camadas nas relações familiares, em um testemunho inusitado da hipossuficiência e relevância das relações entre mãe e filho, sem concessões a convenções ou sentimentalismos.
Ficou com vontade de ler um desses livros? Então te esperamos lá na Casa Prosa durante a FLIP!