20 livros para você aproveitar a Black Friday
E MAIS: A nova capa para a 2ª edição de O amigo, de Sigrid Nunez, disponível em nosso site
Sim, temos Black Friday na Instante! Até amanhã, dia 30/11, 20 títulos do nosso catálogo estão com 35% até 60% de desconto no nosso site. Veja os livros que estão em promoção e encontre a sua próxima leitura ou aquele presente para o Natal!
DEPOIS DO FIM: CONVERSAS SOBRE LITERATURA E ANTROPOCENO, organização Fabiane Secches
Diversos autores discutem como a literatura pensa e aborda o antropoceno, período em que as ações do homem impactam na natureza e no mundo. Com textos de Ana Rüsche, Aurora Bernardini, Christian Dunker, Daniel Munduruku, Fabiane Secches, Giovana Madalosso, Itamar Vieira Junior, Maria Esther Maciel, Micheliny Verunschk, Natalia Timerman, Paula Carvalho, Paulo Scott e Tulio Custódio.
O RUÍDO DE UMA ÉPOCA, de Ariana Harwicz (trad. Silvia Massimini Felix)
Reunião de aforismos, cartas e ensaios sobre escrita e literatura nos tempos modernos. Ariana Harwicz investiga, nesta obra de não ficção, os padrões duplos e a natureza enganosa que por vezes circundam a criação artística na atualidade.
TORTURA BRANCA, de Narges Mohammadi (trad. Gisele Eberspächer)
Nobel da Paz de 2023, Narges Mohammadi está engajada há décadas na discussão sobre o sistema penal iraniano e suas violações sistemáticas contra os direitos humanos e, entre idas e vindas, tem estado na prisão desde 1998. Neste livro, além de seu depoimento sobre suas experiências na cela solitária, ela reúne entrevistas e testemunhos concedidos em situações particularmente perigosas de outras treze presas políticas iranianas encarceradas sem bases legais sólidas — muitas vezes sem ao menos saberem os motivos pelos quais foram acusadas — que ainda cumprem (como a própria Narges) ou já cumpriram pena em terríveis condições de isolamento e violência física e psicológica.
AMOR-PRÓPRIO, AMOR PELO MUNDO, de Liliane Prata
Liliane Prata reúne práticas para você se reconectar com o mundo, desacelerar e usar a arte para refletir. A proposta é abrir caminhos para o (re)aprendizado desse modo de ser e de estar no mundo, tão necessário nestes tempos (in)tensos.
VERÃO DOS INFIÉIS, de Dinah Silveira de Queiroz
Neste romance ambientado no Rio de Janeiro no final da década de 1960, Dinah Silveira de Queiroz narra um fim de semana chuvoso na vida de uma família de classe média abalada por questões psicológicas, religiosas e políticas num dos períodos mais turbulentos da história do Brasil abordando temas que se discutem ainda hoje.
O OLHAR DOURADO DO ABISMO, de Olga Savary
Única coletânea de contos publicada pela poeta brasileira em 1997, esta nova edição resgata a vertente contista de Olga Savary em textos marcados por um trabalho de linguagem que prioriza o erótico, o irônico e o trágico, valendo-se de um imaginário povoado por elementos trazidos do folclore brasileiro e da cultura pop.
DEMERARA, de Wagner G. Barreira
Neste romance histórico, o autor conta a trajetória do jovem Bernardo, que embarca no navio que trouxe a gripe espanhola para o Brasil. Mistura de ficção e fatos históricos, o livro dá voz ao narrador-personagem ao relatar a travessia do Atlântico, a acusação de ter assassinado o amigo, a prisão em Santos, a convivência com infectados pelo vírus, a fuga para São Paulo e as dificuldades de adaptação na cidade em construção pelas mãos de imigrantes de todo o mundo.
LUÍSA (QUASE UMA HISTÓRIA DE AMOR), de Maria Adelaide Amaral
Vencedor do Prêmio Jabuti de Melhor Romance em 1987, a personagem que dá nome ao livro é definida — ou indefinida — por meio das impressões e das memórias de cinco narradores: Raul, o amigo gay; Rogério, o ex-chefe apaixonado; Sérgio, o ex-amante; Marga, a amiga idealista e Mário, o ex-marido. Ambientado em São Paulo no final dos anos 1970, época de efervescência social e política, o cenário principal é a redação da revista em que Luísa atuava como diretora de arte, onde se desenrolam os encontros e desencontros dessas relações.
DINAH FANTÁSTICA: CONTOS DE FICÇÃO CIENTÍFICA REUNIDOS, de Dinah Silveira de Queiroz
Além dos romances históricos, Dinah Silveira de Queiroz também foi pioneira da ficção científica no Brasil, publicando nos anos 1960 dois volumes de contos: ELES HERDARÃO A TERRA e COMBA MALINA, reunidos nesta edição. Sua ficção científica aborda a perseguição aos marginalizados, os descabimentos nas disputas da política partidária, o terror colonialista e sua profunda relação com a maneira de subjugar a mulher e outras minorias e a busca para uma resposta ao que nos faz humanos. Ora divertidos e marcados por refinada ironia, ora tensos e sombrios, os contos deste volume nos provocam, inquietam e enternecem.
NASCIMENTO E MORTE DA DONA DE CASA, de Paola Masino (trad. Francesca Cricelli)
Publicado originalmente em 1945, o romance chegou a ser censurado na Itália por trazer uma crítica ao fascismo e à rígida noção de feminilidade que ele promoveu. A protagonista é uma menina sem nome, rosto ou endereço, ciente de seu destino: conformar-se com as expectativas burguesas em relação à mulher, ter a imaginação selvagem controlada, e a inteligência, ocultada. Temendo matar a mãe de desgosto por sua recusa a se enquadrar, concorda em se comportar como uma jovem “normal” e tornar-se desejável ao universo masculino.
ELA QUERIA AMAR, MAS ESTAVA ARMADA, de Liliane Prata
Nas vinte histórias que compõem este livro, Liliane Prata traça um panorama atual e corajoso das relações — e das tensões — entre mulheres e homens. Privilegiando o ponto de vista feminino e alternando entre momentos de ternura e de crueza absoluta, as narrativas sempre surpreendem, em textos intensos, ora nervosos, ora líricos, ora repletos de humor. Os personagens vivem os mais diversos conflitos, e neles podemos facilmente reconhecer amigas e amigos, mães e pais, filhas e filhos e até a nós mesmos.
A CASA DO PAI, de Karmele Jaio (trad. Fabiane Secches)
Ao contar a história de um casal de escritores, Jaio consegue abordar temas delicados, como masculinidade tóxica, por exemplo, mesclando tensão e ironia sem maniqueísmos ou simplificações, além de revelar como a dinâmica da opressão de gênero não depende apenas de agressões físicas para se impor, mas se infiltra com sutileza em todas as relações.
MORRER DE AMOR E CONTINUAR VIVENDO, de Lorena Kaz
Este livro é formado por reflexões desenvolvidas a partir das próprias experiências de Lorena Kaz, com relatos de dependentes emocionais através do Mulheres que Amam Demais Anônimas (MADA), seus estudos em autodesenvolvimento com a ajuda do Centro de Valorização da Vida (CVV) e da Comunicação Não Violenta (CNV), entre outros. São 64 histórias em quadrinhos que expõem de maneira sensível a complexidade das relações humanas — em especial as amorosas —, abordando temas difíceis e muito atuais sobre os quais é preciso refletir e discutir, como relacionamentos abusivos, dependência emocional e pressões sociais.
FEBRE TROPICAL, de Julián Delgado Lopera (trad. Natalia Borges Polesso)
Francisca faz parte de uma excêntrica família colombiana recém-chegada a Miami, no começo dos anos 2000. Nostálgica e atormentada pelo calor, a garota lida com o desconforto existencial e os desejos próprios da adolescência ao mesmo tempo que observa a inquietação da mãe e a dependência da avó por mais rum nas latinhas de Sprite. Para isso, ela se refugia em Sylvia Plath e The Cure, embora a mãe acredite que a salvação esteja na salsa cristã da congregação Iglesia Cristiana Jesucristo Redentor. Todo o universo em torno de Francisca se torna matéria para suas reflexões, que oscilam entre a ironia mais mordaz e uma delicadeza fortuita, expostas pela jovem que teme revelar seus sentimentos na mesma proporção que necessita vivê-los.
APANHADORA DE PÁSSAROS, de Gayl Jones (trad. nina rizzi)
Finalista do National Book Award 2022, este é um livro surpreendente sobre a ambivalente amizade entre duas mulheres negras, ambas artistas, que tece reflexões necessárias sobre criatividade feminina, papéis de gênero e as vicissitudes da natureza humana. A história é narrada por Amanda Wordlaw, escritora que acompanha o casal Catherine e Ernest Shuger em suas andanças pelo mundo. Sua missão ao lado deles, assim acredita, é impedir que a talentosa escultora Catherine mate o afetuoso marido Ernest. Catherine é repetidamente internada por tentar pôr fim à vida de Ernest, que ainda assim não a abandona.
MORRA, AMOR, de Ariana Harwicz (trad. Francesca Angiolillo)
Em uma região esquecida do interior da França, uma mulher luta contra seus demônios: ao mesmo tempo que abraça a exclusão, deseja pertencer; que almeja a liberdade, sente-se aprisionada; que anseia pela vida familiar, quer botar fogo na casa. Casada e mãe de um bebê, ela se sente cada vez mais sufocada e reprimida, apesar de o marido aceitar seu estranho comportamento. A condição feminina, a banalidade do amor, os terrores do desejo, a maternidade e a brutalidade inexplicável “de levar seu coração com o outro para sempre” — esse romance aborda todas essas questões com uma intensidade crua e até mesmo selvagem. O romance está sendo adaptado para os cinemas com produção de Martin Scorcese e protagonizado por Jennifer Lawrence.
SEMPRE SUSAN: UM OLHAR SOBRE SUSAN SONTAG, de Sigrid Nunez (trad. Carla Fortino)
Um retrato íntimo de uma das figuras culturais mais estimadas de seu tempo: Susan Sontag. Não se trata de uma biografia, mas do caleidoscópio de lembranças que Sigrid Nunez formou sobre a autora, com quem conviveu por mais de um ano trabalhando como datilografista das suas cartas. Ao longo do texto, observa-se a um só tempo uma Nunez espectadora privilegiada dos momentos de intimidade e descontração de Sontag; ouvinte atenta de desabafos e ponderações da intelectual, bem como de observações ferinas; e aprendiz aplicada, que olha para trás com gratidão por, entre outras coisas, ter tido como mentora “alguém com uma visão tão exaltada e nada irônica da vocação do escritor”.
AS MÃOS DA MINHA MÃE, de Karmele Jaio (trad. Fabiane Secches)
Uma história tocante de uma mulher que, em um momento crítico, descobre ter mais em comum com a mãe do que já foi capaz de imaginar. Quando a mãe de Nerea, Luisa, é encontrada vagando pelas ruas com a memória gravemente comprometida, ela passa também a carregar o peso da culpa por não ter detectado a tempo mudanças no comportamento da mãe, algo que talvez pudesse ter evitado a crise que culminou com a hospitalização. Nas longas horas em que permanece ao lado da cama de Luisa, percebe o apego da mãe a uma lembrança da juventude que o esquecimento não dissipou: ela chama sem parar o nome Germán, alguém de quem Nerea nunca ouvira falar. Com isso, descobrirá um episódio fundamental na vida de Luisa, ao mesmo tempo que será forçada a enfrentar o próprio passado.
EM ALGUM LUGAR LÁ FORA, de Jabari Asim (trad. Rogério W. Galindo)
Em um monumental trabalho de pesquisa e imaginação, Jabari Asim nos faz refletir sobre o vergonhoso legado deixado pelos países escravistas do continente americano a partir de uma narrativa poderosa e comovente. A história se passa por volta dos anos 1850, na fazenda Placid Hall. Nela, os escravizados — ou “Sequestrados”, como se autodenominam — são submetidos aos caprichos de um tirânico e excêntrico captor e nunca sabem o que pode lhes ocorrer além do trabalho físico desumano de todos os dias: um castigo brutal ou a venda inesperada de um ente querido. Porém, o que mais fere William, Cato, Margaret, Pandora e o Pequeno Zander é a falsa crença de que são incapazes de amar. Ainda que tenham aprendido o idioma e a doutrina religiosa de seus captores — chamados por eles de “Ladrões” —, possuem linguagem e rituais próprios e desejam, a todo instante, estar “em algum lugar lá fora”, uma realidade distinta daquela em que vivem.
FAREJADOR DE ÁGUAS, de Maria José Silveira
Terceiro lugar nas categoria Romance do Prêmio Biblioteca Nacional 2024, esta é uma saga de quase cem anos pelo Brasil profundo que nos lembra de que natureza e humanidade são uma coisa só e nos devolve a esperança em dias melhores. Nos anos 1920, Minino, garoto órfão criado por uma mulher indígena, decide abandonar a terra deixada pelos pais, em Goiás, e acompanhar a Coluna Prestes. Graças à sua coragem e esperteza, e também por possuir o dom de “farejar” águas de nascentes de rios, ele logo passa a ter relevância no grupo e a caminhar na frente da marcha, a fim de também farejar jagunços escondidos na vegetação, prontos para emboscadas. É nessas andanças que Minino desenvolve a vontade de lutar por aquilo em que acredita, além do amor pela natureza e por Maria Branca, que se torna sua companheira de toda a vida. Com o fim da Coluna, decide voltar para sua pequena propriedade, mas isso não o impede de continuar perseguindo seus ideais.
Curtiu a nossa seleção? Então aproveite a Black Friday da Instante e garanta suas novas leituras até amanhã!
O que mais temos para hoje?
Coisas legais sobre livros e leituras e outros assuntos interessantes que vimos por aí.
O podcast Cinema na Rua criou um novo quadro, o “Li o livro e vi o filme”, no qual falou sobre O QUE VOCÊ ESTÁ ENFRENTANDO, de Sigrid Nunez, e o longa O QUARTO AO LADO, que foi inspirado pelo romance. Venha conferir!
Falando em Sigrid, viram essa novidade? A 2ª edição de O AMIGO com nova capa e estará disponível nas livrarias físicas e on-line partir de 15 de dezembro, mas em no nosso site, você já pode reservar o seu. Confira como ficou!
É sempre bom lembrar que ler não faz você uma pessoa melhor do que aqueles que não leem. O escritor Antônio Xerxenesky escreveu sobre isso na sua newsletter, pegando o gancho da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, que pela primeira vez registrou um número maior de pessoas que não leem em relação às que leem: “a pessoa tem todo o direito de achar livros uma merda, mas antes precisamos que ela tenha acesso aos livros”. Leia mais:
Quem também escreveu sobre isso foi Juliana de Albuquerque, na Folha de S.Paulo: “Como professora, sempre comento com os meus alunos que a leitura é um exercício e, como todo exercício, pode ser prazeroso, mas dá trabalho, exige disciplina e, principalmente, paciência para lidar com toda a sorte de obstáculos e frustrações”. Leia mais aqui!
E para encerrar: quem não ama um gato laranja destruidor, né?
Ficamos por aqui. Obrigada por passar mais um instante com a gente, e aproveite a nossa Black Friday. Até semana que vem!